quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vale tudo menos arrancar olhos...!

É no marketing político, tal qual Estrela Martins afirma, que vale quase tudo para alcançar os objectivos.

"O sucesso de um político, na sociedade contemporânea depende diretamente da visibilidade
pública e repercussão positiva de sua imagem no cenário público."

Pegarei nesta afirmação para começar a "debater" sobre este aspecto.
Um político hoje vive de que? Como é que um político consegue alcançar o seu objectivo, o objectivo de ganhar? Baseando-se em 4 pontos fundamentais do marketing político.
Pois... novamente o marketing...
Aos poucos e poucos talvez nos venhamos a aperceber que o marketing é usado diariamente, até por nós, desde que nos levantamos, até quando nos deitamos.
Afinal de contas, e tal qual o Mestre António Oliveira diz, de manhã quando acordamos, colocámos a nossa máscara para sair à rua. Afinal porque nos arranjamos nós antes de sair de casa? Porque oferecemos flores à namorada? Porque temos um gesto mais afável para com alguém de quem gostamos? Tudo isto é marketing...
Mas... não me dispersando por aspectos que não tem muito a ver com a matéria irei retomar o aspecto do Marketing Político.
Pois sim...afinal de contas quem é o político que não faz uso do marketing? Afinal de contas, vale quase tudo, pois a política é como a carreira de um jogador de futebol, mais cedo ou mais tarde irá acabar a carreira, e as eleições hoje em dia baseiam-se nos confrontos directos, que manipulam a opinião pública.
Vejamos um caso bastante caricato:
Deputados de vários partidos, numa conferência sobre o marketing político, acusam o PCP de ser o único partido a usar o Marketing.
Permitam-me a interrogação...eu que sou um leigo nestas matérias, mas ... um partido acusar um outro de fazer marketing, não é já fazer uso do mesmo?
Quero eu dizer com isto, Hermínio Loureiro do PSD, acusar o PCP de usar marketing nas campanhas, não é ja, de certa forma, tentar fazer uma campanha negativa contra a concorrência, tirando assim partido para benefício próprio? Ou seja, "Marketinguiar" ? A mim parece-me que sim...
Assim sendo, o marketing político assenta em 4 pontos fulcrais tal como já referi anteriormente.
Um deles, e para mim o mais importante, o marketing directo, em que se entra em contacto directo com a pessoa. Assim a mensagem é certamente proliferada com uma carga de positivismo muito mais exacerbada, do que por cartazes ou flyers. O outro são estudos de opinião, em que se faz um estudo do mercado e se testam as mensagens, e um outro é a publicidade, que hoje em dia tem de ser usada para atingir mais e mais as massas, quer seja a falar bem de nós, quer seja a falar mal dos outros.
Contudo não nos podemos esquecer do 4o elemento desta "tábula redonda" que é o Marketing Político.
Os relações públicas...
Não... não são esses RP's que estamos habituados a ver nas discotecas, conhecidos por aparecerem nas capas de revista e que só servem para atrair mais consumidores ( não deixa de ser também uma grande estratégia de marketing ).
Estes relações públicas ou assessores de imprensa são bem diferentes desses outros com os quais as pessoas da minha idade estão habituados a lidar.
Um relação pública não é mais do que um intermediário, que faz a ponte entre o interessado, e o jornalista.
Todos precisam de promoção...é inegável. Um bom relações públicas o que faz não é mais do que isso...
Acho que até se pode chamar a ele, um braço-direito de alguém, pois está sempre preocupado em defende-lo, ajuda-lo, melhorar a sua imagem perante o público.
Curioso é , que se pensarmos bem, todo um político tem uma imagem de marca.
Paulo Portas, o seu bronzeado, Cavaco Silva o seu estilo austero, Marques Mendes a sua altura e a sua maneira de falar, Jerónimo de Sousa a sua garra.
Um bom relações públicas, é então alguém que vai ajudar todas estas pessoas, a jogarem com as suas características intrínsecas.
Contudo, os azares acontecem quando não são delimitadas boas estratégias.
Veja-se o caso de Aznar, que acabou por ter Azar.

Conclusão:
Boa estratégia de marketing político= TALVEZ bons resultados
Má estratégia de marketing = desacreditação total no candidato

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